Procrastinação e os impactos no seu futuro

No TED Talk de 2016 “Por Dentro da Mente de um Mestre da Procrastinação”, Tim Urban mostra, com muito humor, como é padecer desse “mal”.

Segundo o escritor-blogueiro, os cérebros de quem é e não é um procrastinador são diferentes. O primeiro é “navegado” por um Tomador de Decisões Racional. O segundo, além do mesmo “capitão”, também é comandado pelo Macaco de Gratificação Instantânea, que rouba o leme e “desvia o barco de seu rumo” em todas as oportunidades. Isso mesmo, um macaco com gosto apenas pelo fácil e pelo divertido, sem preocupação com o futuro.

Ainda de acordo com Urban, o Macaco só se esconde e deixa o Tomador de Decisões “guiar o barco” quando é o assustado pelo Monstro do Pânico – normalmente adormecido, mas que acorda sempre quando um prazo se aproxima. Ou seja, a chegada de uma data limite desperta o Monstro, espanta o Macaco e ajuda ao procrastinador a terminar seus afazeres.

Urban continua e explica que na verdade existem dois tipos de procrastinação: as com prazo e as sem prazo. É na segunda opção que reside o verdadeiro problema, pois o procrastinador deixa passar inúmeras situações e experiências porque o Monstro do Pânico não acordou. Nesse momento, a frustração pode tomar conta da vida.

A falta de tomada de decisão é capaz de trazer severas consequências para diversas áreas do cotidiano, como a profissional, a de saúde e, claro, a financeira. A procrastinação de longo prazo leva as pessoas a pensarem nesses importantes aspectos somente em momentos de crise, quando, muitas vezes, já é tarde demais.

Planejamento financeiro: a chave para uma vida mais tranquila

A vida é feita de altos e baixos e ninguém está livre de uma crise financeira, nem os mais ricos. Os mais planejados, contudo, têm maiores chances de saírem mais rápido do sufoco do que os procrastinadores. Muitas pessoas acreditam que guardar dinheiro na poupança é o suficiente nesse sentido. Sim, resolve as emergências, mas e como ficam os acontecimentos imprevisíveis e de longo prazo, como um acidente e a aposentadoria?

Somente aos 40 / 50 anos, o procrastinador começa a se preocupar de fato com o assunto da necessidade de abrir uma previdência privada. O problema é que nessa hora já se passaram 20 anos sem se contribuir. Dessa forma, a parcela mensal para alcançar a mesma renda torna-se muito maior. Veja no exemplo:

Uma pessoa de 25 anos que queira receber R$ 4.000 por mês quando se aposentar aos 65 precisaria depositar mensalmente R$ 440,80. Agora, alguém de 40 que também deseje parar de trabalhar com a mesma idade e com a mesma renda necessitaria contribuir com uma parcela de R$ 1.005,80. Pesa bem mais no bolso, não é mesmo?

Situação semelhante acontece aos que deixam de fazer um seguro de vida. O preço das apólices e o capital segurado variam de acordo com a saúde e a idade do cliente. Se uma pessoa decide contratar quando estiver mais velha e com problemas médicos, o valor a ser pago pode ser altíssimo. Ou pior, a seguradora pode não aceitá-la.

Tim Urban, no fim de sua apresentação, diz que devemos prestar atenção quanto tempo de nossas vidas já se passou para começar a tomar decisões, de preferência “hoje!”, brinca ele. “Quer dizer, não hoje exatamente… Algum dia, em breve…”

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